6 erros ao revalidar diploma nos Estados Unidos 

O sonho de trabalhar nos Estados Unidos atrai milhares de profissionais formados no Brasil todos os anos. Médicos, dentistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde buscam reconhecimento e melhores oportunidades em um dos países mais competitivos e valorizados do mundo. 

No entanto, o caminho até atuar legalmente nos Estados Unidos passa por uma das etapas mais desafiadoras: a revalidação do diploma. 

Muitos acreditam que basta traduzir documentos, pagar algumas taxas e enviar formulários, mas a realidade é bem mais complexa.  

Ou seja, cada profissão tem regras próprias, órgãos reguladores específicos, e etapas que exigem planejamento e conhecimento técnico. 

E é justamente aí que surgem os erros, pois muitos profissionais, tentando economizar tempo ou dinheiro, optam por fazer o processo sozinhos, sem acompanhamento especializado, e acabam enfrentando atrasos e rejeições. 

Neste artigo, você vai conhecer os erros mais comuns de quem tenta revalidar o diploma nos Estados Unidos por conta própria, entender como evitá-los e descobrir por que contar com orientação profissional pode fazer toda a diferença no sucesso do seu plano internacional. 

Perguntas frequentes sobre prazos, documentação e dificuldades frequentes 

1. É possível revalidar o diploma ainda no Brasil? 

Sim. Em grande parte das profissões, é possível iniciar o processo de equivalência e tradução de documentos ainda estando no Brasil, desde que o órgão americano aceite o envio direto das universidades brasileiras. 

2. Quanto tempo leva para concluir a revalidação? 

O tempo médio varia entre 12 e 36 meses, dependendo da profissão e da agilidade na entrega de documentos e aprovação em exames. 

3. Preciso de Green Card para iniciar o processo? 

Não. O Green Card é necessário apenas para atuar e residir permanentemente nos Estados Unidos. Logo, para revalidar o diploma, basta ter status legal no país ou realizar o processo à distância. 

4. Posso trabalhar durante a revalidação? 

Depende do tipo de visto. O visto de turista não permite exercer atividades profissionais, mas vistos de trabalho ou intercâmbio podem oferecer essa possibilidade. 

Erro 1: Falta de conhecimento sobre os órgãos reguladores 

Um dos erros mais frequentes é não compreender quem realmente regula cada profissão nos Estados Unidos.  

Diferente do Brasil, onde há conselhos nacionais, como o CFM ou CFO, o sistema americano é descentralizado. Ou seja, cada estado tem autonomia para definir regras, exames e exigências próprias. 

Além disso, há órgãos federais e entidades certificadoras envolvidos na análise dos diplomas: 

Dessa forma, sem saber qual entidade é responsável, muitos profissionais enviam documentos para o órgão errado, utilizam formulários desatualizados ou sequer iniciam o processo correto. 

Por isso, o primeiro passo essencial é mapear exatamente quais são os órgãos e etapas exigidas para a sua profissão.  

Cada carreira na área da saúde tem o seu próprio caminho, e entendê-lo é o ponto de partida para qualquer planejamento bem-sucedido. 

Erro 2: Traduções e documentos incompletos 

Outro erro que pode comprometer todo o processo é enviar documentação incompleta ou traduções não aceitas pelos órgãos americanos. 

Nos Estados Unidos, a tradução de documentos acadêmicos precisa ser feita por tradutores juramentados e certificados (certified translators).  

Além disso, muitos órgãos exigem que as universidades brasileiras enviem os documentos diretamente, em envelopes lacrados e carimbados pela instituição. 

Entre os documentos mais solicitados estão: 

  • Histórico escolar detalhado, com carga horária e notas; 
  • Diploma e certificado de conclusão; 
  • Ementas das disciplinas cursadas; 
  • Tradução certificada de todos os itens; 
  • Cópia autenticada do passaporte e comprovantes de identidade. 

Enviar qualquer um desses documentos de forma incorreta pode resultar em rejeição imediata ou em solicitação de complementação, o que prolonga o processo em meses. 

Assim, verifique diretamente com o órgão responsável quais são os padrões exigidos e confira se os tradutores escolhidos têm experiência com processos de revalidação nos Estados Unidos. 

Erro 3: Perda de prazos e falta de planejamento 

A revalidação de diploma nos Estados Unidos é um processo longo, que pode levar de 12 a 36 meses, dependendo da profissão e da complexidade do caso. 

Muitos candidatos subestimam esse tempo e acabam perdendo prazos importantes, como o de inscrição em exames ou o de envio de documentos para determinadas universidades e conselhos estaduais. 

Sem um cronograma bem definido, é comum que o profissional: 

  • Deixe de estudar para as provas dentro do prazo; 
  • Envie documentação incompleta perto da data-limite; 
  • Precise refazer etapas por falta de atualização; 
  • Tenha o processo interrompido por ausência de resposta dentro do tempo estipulado. 

O segredo está em planejar cada fase com antecedência, considerando períodos de tradução, análise de equivalência, agendamento de exames e prazos de visto. 

Portanto, criar uma linha do tempo detalhada ajuda a visualizar o progresso e garante que nenhum detalhe seja esquecido. 

Erro 4: Escolha errada do tipo de visto 

Outro erro que pode comprometer o plano profissional é escolher o tipo de visto inadequado. 

Alguns profissionais iniciam a revalidação ainda no Brasil, acreditando que apenas o visto de turista (B1/B2) será suficiente para resolver tudo. 

Contudo, esse tipo de visto não permite trabalhar nem exercer a profissão, mesmo após a revalidação. A seguir, conheça os vistos mais comuns para profissionais da saúde: 

  • H-1B: para trabalho temporário em áreas especializadas; 
  • J-1: voltado para intercâmbio profissional e programas de residência; 
  • EB-2 NIW (National Interest Waiver): para profissionais com alta qualificação, que podem aplicar para o Green Card sem oferta de emprego; 
  • EB-1A: para profissionais com reconhecimento excepcional em sua área. 

Saiba mais: Como completar os requisitos para EB-1A?  

Escolher o visto errado pode significar ter o processo interrompido, não poder exercer a profissão legalmente, ou até comprometer o status migratório. 

Por isso, é importante alinhar a estratégia de revalidação com o tipo de visto adequado, levando em conta os objetivos de longo prazo, o perfil profissional e a possibilidade de obtenção de residência permanente no país. 

Erro 5: Subestimar o inglês técnico necessário 

Muitos profissionais acreditam que ter um inglês intermediário é suficiente para iniciar o processo de revalidação, mas essa é uma das principais causas de reprovação em exames e entrevistas. 

A maior parte dos exames, como o USMLE ou o TOEFL iBT, exige inglês técnico avançado, especialmente na compreensão de termos médicos, científicos e administrativos.  

Além disso, as entrevistas com conselhos e instituições de ensino também são conduzidas em inglês formal e técnico. 

Nesse sentido, subestimar essa exigência pode gerar: 

  • Reprovação em provas teóricas e orais; 
  • Dificuldade de comunicação com avaliadores; 
  • Problemas para comprovar proficiência exigida pelos órgãos; 
  • Barreiras no processo de networking e integração profissional. 

Logo, o ideal é iniciar um plano de estudos em inglês médico ou técnico antes mesmo de dar entrada na revalidação.  

Saiba mais: Foco em medicina internacional? Aprenda o EMP, inglês técnico médico  

Erro 6: Tentar fazer tudo sem orientação pode custar mais caro 

Muitos candidatos acreditam que contratar orientação profissional é um gasto desnecessário, mas na prática, a falta de apoio especializado costuma sair mais caro. 

Erros em documentação, prazos perdidos e formulários incorretos podem resultar em reprocessamento de taxas, reenvio de traduções e até recusa definitiva do processo, precisando recomeçar do zero por não terem seguido o caminho adequado desde o início. 

Um consultor especializado em revalidação e imigração ajuda a: 

  • Identificar o órgão correto para cada profissão; 
  • Organizar e revisar a documentação conforme exigências oficiais; 
  • Elaborar um plano de prazos e etapas realista; 
  • Escolher o visto mais adequado ao perfil do candidato; 
  • Preparar o profissional para provas e entrevistas em inglês. 

Assim, contar com essa orientação reduz o tempo total do processo, aumenta as chances de aprovação e evita desperdícios financeiros que podem ultrapassar o valor de uma consultoria completa. 

Ajuda especializada evita erros

Revalidar um diploma nos Estados Unidos é uma jornada que exige organização, paciência e conhecimento técnico. 

Embora o processo possa parecer acessível em teoria, na prática, envolve uma série de detalhes legais e burocráticos que variam conforme o estado, a profissão e o histórico acadêmico de cada candidato. 

Os erros mais comuns, como desconhecimento dos órgãos reguladores, documentação incompleta, perda de prazos e escolha errada de visto são os principais responsáveis por atrasos de quem tenta seguir sozinho. 

Por isso, o caminho mais inteligente é buscar apoio especializado desde o início, garantindo segurança em cada etapa e clareza nas decisões. 

Revalidar o diploma é mais do que um processo burocrático: é o primeiro passo para reconstruir uma carreira internacional com propósito, estabilidade e reconhecimento. 

Evite erros e perda de tempo. Fale com um consultor MIG e tenha um plano seguro para validar seu diploma.