A medicina norte-americana é referência mundial, tanto em infraestrutura quanto em pesquisa e remuneração, o que atrai milhares de profissionais estrangeiros todos os anos.
Dessa forma, para muitos médicos formados no Brasil, o sonho de atuar nos Estados Unidos é um grande desafio, mas também uma oportunidade de crescimento profissional e pessoal.
Mas surge a pergunta: como revalidar diploma médico nos Estados Unidos?
O processo envolve várias etapas, órgãos reguladores e exames, além da exigência de residência médica local antes de conquistar o licenciamento para atuar.
Neste artigo, você vai entender em detalhes como funciona esse caminho e o que é necessário para transformar o diploma obtido no Brasil em uma carreira médica legal e ativa em território americano.
Não. O Green Card não é exigido para a revalidação, mas será necessário algum status migratório legal (visto de estudo ou trabalho) para exercer a profissão.
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Sim. Mesmo médicos especialistas precisam refazer a residência nos Estados Unidos para obter a licença.
Somando taxas do ECFMG, USMLE e Match, os custos podem ultrapassar US$ 10 mil, sem contar despesas de preparação e tradução de documentos.
Ao focar na prática clínica, não. Porém, médicos podem atuar em áreas relacionadas, como pesquisa acadêmica ou indústria farmacêutica, sem a residência.
Sim. Tanto o credenciamento no ECFMG quanto as primeiras etapas do USMLE podem ser iniciados antes de se mudar para os Estados Unidos.
Diferente de outros países, os Estados Unidos têm um processo de validação altamente padronizado e rigoroso para médicos formados no exterior.
De forma geral, os requisitos básicos incluem:
Ou seja, não basta apenas traduzir ou validar academicamente o diploma, é preciso passar novamente por provas e residência, seguindo as normas locais.
O ECFMG é a comissão responsável por avaliar a formação acadêmica de médicos estrangeiros, o qual funciona como a porta de entrada para quem deseja exercer a medicina nos Estados Unidos.
O processo inclui:
Sem esse credenciamento, não é possível seguir para as etapas seguintes.
O USMLE (United States Medical Licensing Examination) é a principal barreira para médicos estrangeiros, pois muitos passam anos estudando para o teste, o qual avalia conhecimentos médicos, clínicos e práticos em 3 etapas:
A aprovação em todas as etapas do USMLE é obrigatória.
Mesmo após formar-se e se especializar no Brasil, o médico precisa passar pela residência médica nos Estados Unidos, pois o sistema americano exige treinamento local para garantir que todos os profissionais sigam os mesmos padrões de prática.
Para isso, o médico deve se inscrever no NRMP (National Resident Matching Program), conhecido como Match, que é o processo de seleção e alocação de residentes nos Estados Unidos.
A residência dura entre 3 e 7 anos, dependendo da especialidade, e é um passo indispensável para seguir rumo à licença médica.
Após concluir a residência, o médico precisa solicitar a licença no estado em que pretende trabalhar, sendo que cada local possui um Medical Board próprio, que define regras específicas de documentação, prazos e taxas.
Esse licenciamento é o que garante, de fato, o direito de exercer a medicina de forma independente e legal em território americano.
O tempo necessário para revalidar o diploma médico nos Estados Unidos varia de acordo com o desempenho do candidato e o planejamento de cada etapa.
De forma geral:
Na prática, todo o processo pode durar de 5 a 10 anos. Por isso, é essencial se planejar com antecedência.
Revalidar diploma médico nos Estados Unidos é um processo longo, exigente e desafiador, mas que abre portas para uma das carreiras mais valorizadas e bem remuneradas do mundo.
Do credenciamento junto ao ECFMG até a conquista da licença estadual, cada etapa exige dedicação, resiliência e planejamento financeiro.
Contudo, para quem tem o sonho de atuar nos Estados Unidos, o esforço compensa, seja pelo reconhecimento profissional, pelas oportunidades de pesquisa e inovação ou pela experiência de vida única que o país oferece.
Se você deseja seguir esse caminho, lembre-se: revalidar o diploma é apenas o primeiro passo de uma jornada que envolve também residência médica e licenciamento estadual.