A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional causado pelo excesso de trabalho, caracterizado por exaustão, distanciamento mental e queda na produtividade.  

Reconhecida pela OMS como doença ocupacional, afeta especialmente profissionais da saúde, devido à sobrecarga, falta de recursos e pouca qualidade de vida. 

Quer entender melhor como o burnout afeta a saúde e o que pode ser feito para preveni-lo? Leia o conteúdo completo. 

O que é burnout?  

Segundo Otávio Pinto e Silva, professor do Departamento de Direito do Trabalho e Seguridade Social da Faculdade de Direito da USP: 

A síndrome de burnout envolve uma ideia de esgotamento mental do trabalhador, condição na qual o profissional tem dificuldade em realizar suas tarefas e chega muito próximo a um estado de depressão. 

Anteriormente, a síndrome era interpretada apenas como um desgaste emocional. Contudo, em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconheceu como uma doença ocupacional, caracterizada por três dimensões: 

  1. Sentimentos de esgotamento ou exaustão de energia; 
  1. Aumento da distância mental em relação ao trabalho ou sentimentos negativos relacionados ao trabalho;  
  1. Eficácia profissional reduzida. 

A síndrome de burnout na área da saúde 

Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn mostra que os profissionais da área da saúde estão entre as categorias mais propensas a terem esgotamento mental e emocional causados pelo trabalho. 

De acordo com dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), a Síndrome de Burnout afeta um em cada cinco brasileiros 

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No geral, os fatores que causam o burnout entre médicos e outros especialistas da saúde são: 

  • Alta carga de trabalho; 
  • Falta de recursos; 
  • Falta de gerenciamento de tempo; 
  • Redução do convívio social; 
  • Pouco acesso ao lazer. 

Como mitigar os riscos de burnout na área da saúde 

Com o objetivo de reduzir os impactos da realidade médica na vida e na saúde dos profissionais, a fim de prevenir o burnout, é essencial adotar algumas práticas, por exemplo: 

  • Estabelecer limites saudáveis entre vida pessoal e profissional, garantindo momentos de descanso e lazer fora do ambiente de trabalho; 
  • Fomentar uma cultura de apoio emocional entre colegas, com espaços seguros para diálogo e escuta ativa; 
  • Incentivar pausas regulares durante o expediente, mesmo que curtas, para descanso físico e mental; 
  • Buscar acompanhamento psicológico, como forma de elaborar emoções e lidar com o estresse; 
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividade física e sono de qualidade; 
  • Reduzir jornadas excessivas e promover escalas mais humanizadas, respeitando os limites do corpo e da mente; 
  • Investir em educação continuada com foco em autocuidado e saúde mental, promovendo consciência e preparo emocional. 

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