A carreira médica é uma das mais admiradas em todo o mundo, mas também uma das mais desafiadoras quando o assunto é imigração.
Muitos profissionais de saúde formados fora dos Estados Unidos sonham em atuar no país, seja pela excelência do sistema de saúde americano, pelas oportunidades de desenvolvimento ou pela possibilidade de conquistar melhores condições financeiras e de qualidade de vida.
No entanto, é comum que surja a dúvida: há espaço para médicos estrangeiros nos Estados Unidos? A resposta é sim, mas com importantes ressalvas.
O mercado americano valoriza médicos qualificados, principalmente em áreas com escassez de profissionais, mas exige um processo rigoroso de validação, exames e treinamentos antes que o profissional possa atender legalmente.
Neste artigo, vamos mostrar como está o panorama atual para médicos estrangeiros, quais áreas estão em alta, as etapas para validar o diploma, os exames necessários e os principais desafios desse caminho.
O processo pode durar de meses a alguns anos, dependendo da especialidade e do desempenho nos exames.
Os custos variam entre US$ 15 mil e US$ 25 mil, considerando taxas de provas, traduções e deslocamentos.
Todo médico estrangeiro precisa refazer a residência médica nos Estados Unidos para obter licença, porém a experiência no Brasil pode agregar ao currículo.
Normalmente, médicos entram com visto J-1, EB2 NIW ou H-1B, dependendo da fase do processo.
Sim. Segundo o jornal USA Today, o salário médio de um médico nos Estados Unidos ultrapassa US$ 200 mil anuais, variando conforme a especialidade e a região.
Apesar de ser uma das potências mundiais em tecnologia e pesquisa médica, os Estados Unidos enfrentam escassez de profissionais de saúde.
De acordo com a Association of American Medical Colleges (AAMC), o país pode enfrentar um déficit de até 124 mil médicos até 2034.
Essa lacuna se deve ao envelhecimento da população, ao aumento da demanda por serviços de saúde e à aposentadoria de milhares de médicos americanos nos próximos anos.
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Nesse cenário, os médicos estrangeiros nos Estados Unidos desempenham um papel essencial para suprir essa demanda.
Hoje, de acordo com a pesquisa ‘International medical graduates in the US physician workforce’, estima-se que cerca de 26% dos médicos em atividade no país são estrangeiros, com forte presença de profissionais da Índia (23%), Caribe (18%), Paquistão (6%), Filipinas (6%) e México (5%).
Isso significa que há espaço sim, mas a porta de entrada depende do cumprimento de etapas burocráticas e acadêmicas bastante exigentes.
Nem todas as áreas médicas enfrentam a mesma demanda. Enquanto algumas especialidades são altamente concorridas, outras estão em déficit e buscam mais profissionais estrangeiros para suprir a carência, como:
Já especialidades como dermatologia, oftalmologia ou cirurgia plástica tendem a ser mais competitivas, exigindo ainda mais preparo.
Para médicos estrangeiros, as oportunidades são maiores em áreas de carência, principalmente em regiões afastadas dos grandes centros, onde a demanda supera a oferta.
O primeiro passo para médicos estrangeiros nos Estados Unidos é entender que o diploma brasileiro (ou de qualquer outro país) não é automaticamente aceito.
É necessário passar por um processo oficial de revalidação que garante que o profissional atenda aos padrões americanos.
A seguir, conheça as principais exigências.
Contar com o apoio de uma agência especializada, como a MIG, pode facilitar todo o processo, oferecendo:
Cada área da saúde exige exames distintos para validar a atuação profissional nos Estados Unidos:
Essas avaliações comprovam o conhecimento teórico e prático, além do compromisso ético à profissão.
A fluência no idioma é requisito obrigatório, geralmente atestada por exames como o TOEFL ou OET.
O TOEFL é amplamente aceito e voltado ao contexto acadêmico, avaliando leitura, audição, fala e escrita. Já o IELTS também testa essas habilidades, mas com maior foco na comunicação cotidiana, oferecendo versões específicas de acordo com o objetivo do candidato.
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Além dos exames, o profissional deve reunir documentos essenciais, como:
Após cumprir todas as etapas anteriores, é preciso solicitar a licença junto ao state board do estado onde se pretende atuar (como o Texas Medical Board ou o California Board of Registered Nursing).
Essa etapa envolve o preenchimento de formulários, pagamento de taxas, comprovação de visto de trabalho ou status migratório adequado e, em alguns casos, participação em entrevista ou conclusão de prática supervisionada, como Clinical Internship ou Residency.
O ECFMG (Educational Commission for Foreign Medical Graduates) é o ponto de partida para todos os médicos estrangeiros nos Estados Unidos. Ele avalia se o diploma obtido fora do país é equivalente ao americano. Para obter a certificação, é necessário:
O USMLE (United States Medical Licensing Examination), por sua vez, é dividido em três etapas:
A aprovação nesses exames é fundamental para avançar no processo de residência médica nos Estados Unidos.
Após a certificação do ECFMG e aprovação nos USMLE, o médico estrangeiro precisa passar pela residência médica americana, que é obrigatória para obter a licença de prática.
Esse processo ocorre por meio do The Match, um sistema nacional que conecta médicos candidatos a programas de residência disponíveis nos hospitais americanos.
Para aumentar as chances de aprovação, é importante:
Saiba mais: Descubra como trabalhar como médico nos Estados Unidos
A residência médica dura em média de 3 a 7 anos, dependendo da especialidade escolhida.
O caminho para médicos estrangeiros nos Estados Unidos é possível, mas não simples. Entre os principais desafios estão:
Para superar esses obstáculos, o ideal é:
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O mercado americano é um dos mais promissores para médicos, mas também um dos mais exigentes. Para os médicos estrangeiros nos Estados Unidos, a jornada envolve estudo intenso, investimento e resiliência.
Ainda assim, a recompensa é grande: atuar em um sistema de saúde avançado, com altos salários, acesso à tecnologia de ponta e qualidade de vida.
Se você sonha em construir sua carreira médica nos Estados Unidos, o mais importante é começar o planejamento o quanto antes.
Com organização, estudo e dedicação, é possível vencer as etapas burocráticas e conquistar o tão desejado sonho americano.
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